quinta-feira, 29 de junho de 2006

Marco Luciano

Não se engane por este sorrisinho. Este senhor
é conhecido pelo apelido de "Raging Bull"!


Um sujeito da minha idade, quando lembra dos seus ídolos da adolescência surfística - que não necessariamente acontece na mesma época da adolescência propriamente dita - enxerga os snaps do Mark Richards, os tubos do Shaum Tomson, a linha de surfe absurda de Tom Curren e os floaters, na Joaquina, do Occhilupo. Foi a primeira vez que vi pra que servia exatamente aquela manobra que o maluco do Cheyne Horan havia apresentado ao mundo.

Aliás, lembro também daquela marca nova, que eu nunca havia visto nem ouvido falar. Uma tal de Peak Wetsuits. Alguém sabe que fim levou? Acho que sucumbiu junto com o Occy, mas não conseguiu acompanhá-lo na "ressureição". Era o sonho de consumo da turma que babava com as fotos e filmes dos tops da época. O mesmo que acontece agora com as Losts e Volcons entre a gurizada.

Vocês tem idéia de quanto tempo faz isto? Pois eu confesso que cheguei a me assustar quando um dos comentaristas do WCT do México, disse que o cara havia feito 40 anos agora, em junho. 4o anos e ocupando a 20ª posição no ranking do WCT. 40 anos e ainda dando uma trabalheira para todas as novas (porque são várias) gerações que vieram depois da sua. 40 anos e ainda dono da cavada de backside mais forte do circuito. Credo...!

Caiu meu queixo.

Segue a ficha do moço:

MARK OCCHILUPO
a.k.a.: Occy
was born on: June 16, 1966
in: Sydney, Australia and currently resides on the Gold Coast
but Occy currently resides in: QLD, Australia.
The: goofy footed surfer
who weighs in at: 88 kilos (194 lbs)
and stands: 5'9 ft tall,
is sponsored by: Billabong, Globe, JS Industries and Vodafone.
His primary shaper is: Jason Stevenson
and he generally throws: a 6’3”, 6’6”, 6’8”, 7’0”, 7’2” and 7’6” in his boardbag when he's on the road.
Occy’s favorite waves are: Kirra, D-Bah (Aus), G-Land (Indo), Pipe (Haw)
and his favorite maneuver is: snaps.
When he’s not in the water, you can find him: Swimming and running, or with his wife Mae and their son Jay.
Occy's favorite surfers are: Tom Curren, Michael Peterson, Kelly Slater

quinta-feira, 22 de junho de 2006

And the show goes on!

Não se engane pela foto: esta onda segue quebrando por
kilômetros do mesmo jeito: tubular ao extremo! Foto: Tostee/ASP


Barra de La Cruz tem surpreendido todo mundo. Até os competidores. Dá pra perceber direitinho aqueles que levaram as pranchas certas e os que estão com o equipamento errado. A onda de Barra, extremamente tubular, rápida e longa, não perdoa: a melhor linha é "fastforward". Na verdade, se fosse possível, alguns tops gostaríam de instalar este botaozinho na sua prancha. Ele está fazendo falta por lá...

Obviamente, Bobby Martinez, Bede Durbidge, Timmy Reyes e o "pacote de sempre", bodoso, bodosinho, Joel Parkinson, Mick Fanning, Taj Burrow e o careca, já tem este botão instalado.

Para nós, simples mortais, presos à telinha do computador, poder assistir ao vivo, com o conforto do ar condicionado [no sul, ligado no quente e no resto, ligado no frio], com o careca de comentarista, notas ao vivo e replay na hora, vamos combinar, é um luxo!

Paraíso: fundo de areia, sem crowd e logo ali... Foto: Tostee/ASP

Ainda sobre Barra de La Cruz, confirmando o que eu disse, que para quebrar grande ali, Puerto Escondido tem que estar fora de controle, ouvi um dos comentaristas hoje, contando que enquanto em Barra as ondas estão épicas, a beira da praia de Puerto foi destruída pelo swell gigante. Segundo Coco Nogales, haviam ondas com 60 pés de face.

Enquanto escrevo aqui, a seleção da Nike, que vai jogando em função do gordo Ronaldo, está aplicando 3 a 1 na seleção japonesa. Acho que fiz uma troca boa: estou vendo Fanning e Wardo disputando uma bateria onda a onda. A pelada eu assisto depois, em VT.

E os brasileiros? Deu a lógica. Estão fora. É muita onda - literalmente - pra nossa bolinha!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Show no México!

Não se engane: esta onda vem lá de trás daquela ponta. E com tamanho. Foto: Tostee/ASP

Quem não viu ainda tem tempo. Mas faça este favor a você mesmo: não perca mais a transmissão desta etapa, pois as ondas - e o surfe - estão incríveis! Clica aqui.

Ontem eu acompanhei mal e porcamente, apenas vendo, pois a correria aqui no escritório estava intensa e não dava pra me dar o luxo de ouvir. Só pude assistir com mais atenção a bateria de número 16, última do dia e justamente a do Mineirinho, a quem critiquei duramente aqui neste espaço, dia destes.

Que maravilha! A impressão que se tem assistindo estes campeonatos do circuito mundial moderno, o "drim tur", é que se está vendo um daqueles vídeos promocionais ao vivo, sem edição. É claro que neste vídeo sem edição, a gente vê algumas coisas bizarras, como a pisada numa casca de banana do Pancho Sulivan naquela que talvez pudesse vir a ser a sua melhor onda na bateria, ou a corrida dos atletas de volta ao pico, pela areia, depois de fazerem uma onda longa, com direito a banho de água mineral, bem ao estilo maratona. Mas nada melhor do que ver os melhores surfistas, em ondas excelentes (e não num quebra-côco mexido qualquer).

Peterson Rosa. Apesar da manobra, perdeu.
Também, com estas ondas, o cara podia até tirar um 10 e não estar garantido.
Exatamente o que aconteceu com o Yuri Sodré. Foto: Tostee/ASP

A Rip Curl não poderia ter escolhido melhor o pico para este evento. Inicialmente os rumores davam conta de que ele seria realizado em Puerto Escondido e eu, daqui, entortei o meu nariz. Não que Puerto não seja um ótimo local pra jogar aquele bando de ótimos surfistas, é só que ali não há o apelo exótico que picos como Ilhas Reunião e Barra de La Cruz tem. Como assim Barra de La Cruz, o atento leitor pergunta? O pico chama-se La jolla, exclama. E eu explico: não sei os motivos, talvez para evitar uma orda de invasores ao pico ou seja lá o que for. O fato é que o local do campeonato da Rip Curl chama-se Barra de La Cruz e situa-se uns 80km ao sul de Puerto Escondido, na região de Huatulco. Sua posição geográfica propicia algumas coisas interessantes: o sol nasce no mar, apesar de ser no oceâno Pacífico e para quebrar lá, a ondulação precisa estar realmente grande. É a opção ideal para quando Puerto está fora de controle (imagine como deve estar o pipe mexicanp então, pelo tamanho das ondas que estão quebrando em Barra).

Bruce Irons. Ganhou sua bateria e perdeu a chance de surfar hoje
(há rumores de que há gente perdendo só pra poder surfar de novo). Foto: Tostee/ASP

Ah sim, o Mineirinho. Critiquei-o. Reclamei que ele não está usando as bordas e o que vimos ontem? Dua vezes ele enterrou a borda e o que lhe salvou foi justamente a sua gigantesca qualidade como surfista. Ficaram claras algumas coisas na bateria: o guri não amarela - ao menos não demonstrou sinais de nervosismo - e compete como poucos. Fez uma bateria calculada, sem exageros, sem riscos e deu o seu recado. Continuo acreditando que ele tem, sim, potencial para ser campeão do mundo. Mas também continuo achando que ele terá que amadurecer bastante o seu surfe para chegar ao escalão de cima. E ele tem tempo (sigo repetindo isto)

Mas o que mais me chama a atenção neste momento com o Mineirinho nem é o seu surfe e a sua qualidade competitiva. Fico impressionado como os gringos se renderam a ele. Não sei se o Fábio Gouveia teve tanto respeito quanto este guri está tendo. Ontem, o Pancho Sulivan estava comentando a bateria dele e dava pra perceber que o havaiano estava literalmente babando quando falava sobre as ondas do guri.

E o que foi aquele floater? Coisa de vídeo promocional...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Fui intimado!

Quer ver mais igual a esta? Clica aqui.

Outro dia comemorei ter atingido as sete mil visitas ao Tracks. É um número expressivo para um blogue sem maiores pretensões, mesmo considerando que grande parte destas visitas são das mesmas pessoas que estão apenas voltando. Mas há um probleminha com isto: eu não posso relaxar.

Hoje recebi uma intimação de um dos meus leitores. Não sei quem é, pois na sessão "comments" aqui em baixo, existe esta opção - do usuário fazer um comentário anônimo. Não gosto deste recurso, pois gostaria de poder, quando julgasse necessário, responder diretamente ao autor. De qualquer maneira, não é o caso aqui. Na intimação o leitor reclama que ando ausente - com o que concordo - e me pede que ao menos eu publique "aquelas imagens que só eu sei onde encontrar" - com o que discordo, pois há gente mais competente do que eu nisto. Mas agradeço o elogio e prometo que vou me esforçar pra não deixar a peteca cair.

De qualquer maneira, ao me sentir intimado, resolvi atrasar meu almoço para tentar saciar a sede de imagens do meu nobre leitor.

A imagem acima, é de um blogue pra lá de interessante, chamado "Em nome da Sujeira". Vale a visita clicando aqui. E, neste blogue, acabei chegando neste outro endereço, de um estúdio de ilustração bem bacana, chamado 6B.

Encontrei este blogue, no site da revista eletrônica Zupi, que por sinal agora estará disponível também em papel, conforme notícia que li no site da Mac+.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Golpe na praça!

De forma absolutamente ilegal, e com requintes de “bandidagem”, uma cia. aérea vem causando sérios transtornos aos atletas que tentam embarcar com suas pranchas, pois são surpreendidos com a cobrança de uma taxa de R$ 100,oo, tanto na ida quanto na volta de suas viagens.
Entenda melhor lendo a notícia toda aqui.